Hoje resolvi contar uma historinha que aconteceu comigo em um verão. Ela se passa em um tempo sem internet, quando o mundo ainda era plano.
Eu e minha namorada (hoje minha esposa) decidimos ir ao Uruguai de carro. Isso mesmo... acordamos um dia e, sem planejar, sem pensar, tomamos a decisão: vamos ir... e vamos hoje.
Abastecemos o carro, pegamos um mapa e partimos para a aventura. Éramos jovens e achávamos que falando inglês você era "cidadão do mundo".
A viagem iniciou tranqüila até que na fronteira pediram para que eu fosse ao posto fazer as declarações. Ok! Deixei minha namorada no carro e lá fui eu. É neste ponto que a ação da história começa em um diálogo que jamais esquecerei:
Oficial (com a má vontade padrão): - ¿De ónde vienes?
Eu: - Do Brasil (penso: se vim deste lado da fronteira obviamente sou do Brasil)
Oficial (olhando de canto): - ¿Cuál és su ciudad?
Eu: Porto Alegre.
Oficial (ainda com má vontade): - ¿El coche és suyo?
Eu: - Sim. O carro é meu.
Oficial: ¿Cuál és su apellido?
Eu (sem pestanejar falo): Eu não tenho apelido.
(Neste ponto iniciou minha desgraça. Para quem conhece um pouquinho de espanhol sabe que "apellido" significa "nome"... mas eu, obviamente, não sabia)
Oficial (me olhando espantado): - ¿Cómo no tienes apellido?
Eu (sem entender): - Pois é... eu não tenho... fazer o que?
Oficial (agora vermelho de irritação): - ¿Cómo no?... Todos tienen un apellido.
Eu (calmamente falo): - Pode ser... mas eu não tenho.
A minha sorte foi um senhor simpático que via a insólita cena (e ria compulsivamente) me falou de longe: "O nome. Diz o teu nome para ele". Neste momento percebi minha gafe.
Disse meu nome e o oficial, mesmo estando roxo de raiva, viu que não foi de propósito e nos deixou passar, mas não sem antes virar o carro do avesso (só de sacanagem) e nos fazer tomar um chá de cadeira. Mas tudo bem... eu e minha esposa riamos sem parar da gafe durante toda a situação e estávamos muito felizes com o nosso passeio de índio.
E, neste dia aprendi a preciosa lição: sempre estudar o idioma e cultura de um país antes de conhece-lo. E, para fazer justiça, depois disso visitamos o Uruguai e foi muito legal.
Bom Dia!
ResponderExcluirFê! Ôps! Desculpa..já que não tem apelido não posso te chamar de Fê!!! Rsrsrs! Então voltamos ao imenso Fernandez...muito legal sua história achei o máximo. Parabéns!
Bjos no coração e fica com Deus
Fernandez amigo, já passei por uma dessa. Como eu moro em Boa vista no estado de RR, o país da Venezuela e muito perto e sempre quando temos tempo vamos fazer compra lá e encher o tanque do carro com a gazolina de lá que bem baratinho, mais teve um dia eu era muito novo tinha uns 8 anos quando fui pela primeira vez na Venezuela e não sabia nada de Espanhou, e fui comprar carne e como minha mãe adora costela fui atrá pra ver se tinha, chegando lá não sabia como falasse costela e espanhou, advinha o que eu fiz mostrei minha costelas pra açougueiro como um sinal da carne que eu queria comprar, mais esse açougueiro riu tanto da minha cara, por que ele era brasileiro eu não sabia.
ResponderExcluirque vexame eu nunca vou esqueçer dessa.
eheheheheh
ResponderExcluirFernandez, nós também dizemos "apelido" ou "nome de família" para o vosso sobrenome. ehehehehe
Bela história!
Abraços
Luísa
Rindo muito aqui, Fernandez...
ResponderExcluirE pra completar o Alexandre mostrando as costelas... vai que o açougueiro interpreta mal o gesto, e parte pra tirar a costela dele fora...
Hilária as duas gafes...
Abraço
Oi Fernandez, essas coisas a gente não esquece...rsrsrs Já escrevi muitos casos no meu blog também...rs Eu não sei espanhol, mas sei que existem muitas palavras igual ao português mas também tem coisas que parece igual mas não é... rs Nos Estados Unidos, nas dezenas de formulários que precisamos preencher caso fiquemos por lá por algum tempo, sempre aparece o "aka" ("also known as"), onde se escreve o apelido mesmo... Eu também não tenho apelido então fico que nem vc.
ResponderExcluirbjs
OIIIIIIIIII Amigo
ResponderExcluirkkkkkkkk Muito engraçada sua história.Mas tive uma ideia, ja que voce nao tem apelido , bem que poderiamos fazer um concurso aqui no dihitt para escolher um apelido para você, o que achas?
Bjs
Rsrsrs, que situação em amigo, imagina se você tivesse um apelido que não gostasse, teria que dizer ao guarda de todo jeito, sorte que o homem lhe salvou, rsrsr.
ResponderExcluirAbraços
Muito bom amigo, adorei a leitura, muito divertida.
ResponderExcluirAbraços forte
Já passei por algumas situações esquisitas também, apesar de conhecer a língua inglesa.
ResponderExcluirA gente precisa estar sempre atento a essa questão de diversidade cultural e linguística...
Sorte sua que o senhor ajudou!
ResponderExcluirOi Fernandez, felizmente tudo terminou bem. Obrigado por este ensinamento e pela alegria de ter lida esta sua história de vida.
ResponderExcluirUm abraço
João
Olá Fernandez!
ResponderExcluirGostoso rir aqui com vocês!
Abraço, Vera.
rsrsrsrs...ai Fernadez que ledal este texto...quem já teve uma experiência parecida, eu quando trabalhava no comercio...vixi os hermanos invadiam o Rio Grande do sul e acontecia muito dessas coisas!!!
ResponderExcluirInteressante sua história.
ResponderExcluirÉ uma lição para os que vão a um outro país sem conhecer bem o idioma falado lá (e também a cultura).
Desculpa, mas sua gafe me fez rir.
Abraços
Olá Fernandez,
ResponderExcluirPara quem não está acostumado com a lingua espanhola dá isto...
Apesar que aqui misturamos o "portunhol" e a salada tá feita...
Abraço
Mas que história legal Fernandez, o guarda foi cruel e sacana, mas faz parte. Coisa que a gente não esquece jamais e ri muito depois.
ResponderExcluirabs.
Fernandez,
ResponderExcluirsituação muito engraçada! kkk
Ainda bem que logo lhe salvaram.
Abraços
Conhecimento nunca é de mais...
ResponderExcluirAbraços,
Marquezi
Essa foi mais que boa!
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